Esse trecho é de uns dos Funks
mais tocados e conhecidos do Brasil, Eu Só Quero É Ser Feliz do grupo Brasil
Rap. O Funk no Brasil conquistou seu espaço na mídia a menos de uma década, mas
sua historia vem a mais tempo do que isso, na década de 60 o pianista
norte-americano Horace Silver, considerado o pai do Funk, uniu o jazz a Soul Music
e começou a disseminar a expressão “Funk Style”. Nessa época o Funk não tinha
sua atual característica, o swing. Foi com James Brow que o estilo ganhou
gingado e chegou ao mundo todo.
Foto: Fabio Figueirinha
Em 1969 o cantor Gerson King
Combo trouxe a Soul Music para o Brasil, com o álbum Gerson King Combo
Brazilian Soul, esse disco trazia musicas com a batida importada dos Estados
Unidos. Tim Maia, Carlos Dafé e Tony Tornado também começaram a tocar sucessos do soul e adotaram a atitude e o estilo americano do Black Power, fundando o movimento Black Rio.
Na década de 70 surgiram às primeiras equipes de som no Rio de Janeiro, como a Soul Grand Prix e a Furacão 2000, que organizavam bailes dançantes. Os primeiros bailes eram feitos com vitrolas hi-fi e as equipes foram, aos poucos, crescendo e comprando equipamentos melhores. Na década de 80 o Funk foi influenciado por um ritmo novo, o Miami Bass, estilo que surgiu na Flórida e trazia batidas mais rápidas e músicas mais erótizadas. A partir de 1989 os bailes ficaram cada vez mais cheios e assim foram lançadas as primeiras musicas em português. Essas letras contavam o dia a dia das favelas, violência, pobreza, drogas, armas, os comandos, mas artistas desta fase, como Claudinho e Buchecha, evoluíram para outros tipos de tema, como o Funk Romântico.
Alguns bailes começaram a ficar mais violentos e ser palco de brigas, a pressão da polícia, imprensa e a criação de uma CPI na Assembleia do Rio de Janeiro em 1999 e 2000 acabou com a violência em grande parte dos bailes, ao mesmo tempo, as músicas se tornaram mais dançantes e as letras mais sensuais. Esta nova fase do ritmo, descrita por alguns como o New Funk, se tornou sucesso em todo o país e conquistou lugares antes dominados por outros ritmos, como o Carnaval baiano.
O Funk Carioca muitas vezes faz apologia às drogas e a violência, por outro lado tem músicas feitas para falar da dificuldade que as pessoas da favela passam. O funk por muito tempo foi considerado música feita para periferia, hoje em dia muitos jovens de todas as classes, gostam e curtem a batida do funk.
Funk Ostentação
Nasceu em São Paulo entre 2009 e 2010
com inspiração do Funk Carioca, a maior
diferença entre o funk carioca e o funk ostentação é o tipo de tema abordado
nas músicas. Enquanto o funk carioca surgiu falando da vida na favela, na
periferia, da desigualdade social e da criminalidade, o funk ostentação, como o
próprio nome sugere tem como tema central “A Ostentação”, normalmente, de
bebidas, carros e roupas de luxo e mulheres.
Por Fabio Figueirinha
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